Carol Figueiredo
2 min readSep 30, 2022

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Eu sou escritora. Desde que me conheço por gente. Eu sempre escrevi, simples assim. O meu passatempo quando criança era escrever. Eu escrevi um livro aos 13 anos porque um menininho da escola não gostava de mim. Eu poderia chorar em posição fetal, mas eu escrevi sobre isso (também chorei, vamos ser sinceras). Assim eu poderia dar o destino que eu queria ao personagem inspirado nele e me vingar através das palavras (tudo bem que também compus diversas músicas de amor pra ele, mas não vem ao caso, foca na vingança).

Eu me formei em Publicidade. Durante 4 anos de formação, não teve um trabalho em que eu não tenha ficado com a parte de escrever. Depois disso eu resolvi encarar a minha grande paixão e comecei a estudar cinema, mais especificamente roteiro. Esse ano me tornei pós graduada em roteiro.

Quando eu olho para trás, desde que aprendi a escrever, não teve um ano da minha vida em que eu não tenha feito isso. E, ainda assim, o meu maior medo e motivo de respiração ofegante é dizer em voz alta: eu sou uma escritora.

A autossabotagem é tão grande que, quando alguém elogia minha escrita, até mesmo alguém da área, meu instinto é logo pensar: que fofa, tá sendo simpática... PORR*!!! Eu escrevi um livro-vingança antes mesmo de usar um sutiã com bojo, for christ sake!!

E isso não significa que eu seja a melhor, que eu domine absolutamente tudo sobre escrita, porque to bem longe disso. E tá tudo bem! Você não precisa ser a melhor (aliás, quem decide isso?). Você só precisa se entregar nisso. E amar. E odiar. E se aprofundar. Mas você precisa, primordialmente, abraçar. E admitir quem você é e o que você faz.

Eu sou escritora, roteirista, às vezes cantora, piadista e tudo mais o que eu quiser ser. E mesmo quando eu não estiver tão segura e convicta, eu ainda assim sou.

Não tô dizendo que é fácil, porque é MUITO difícil. Requer vulnerabilidade, que é algo que dói e é ruim (brincadeira, é legal galera, confia). Mas eu JURO que vai valer a pena. Prometo que você vai olhar para trás e pensar: que bom que eu fui eu.

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Carol Figueiredo

Amo contar e ouvir histórias! Escrever, cantar, tocar violão, desenhar, e qualquer coisa que envolva se expressar através da arte. A arte vai mudar o mundo ❤